NOITES COMUNS
"Para onde se dirige a alma de noite"
Novalis
A noite tranquila pelas veias traz-me sinais novos entre uma lucidez sem contornos e os restos de saudades muito antigas. São sinais de viagens esquecidas, bocas adormecidas nas flores da pele onde a seiva e a saliva e outras imagens muito dentro do corpo, tão dentro, que algo estremece no fundo estranho tatuado do meu ser.
Depois, a noite agiganta-se e afasta-se cercando outros lugares. Algures alguém sonhará em mim dançando breve entre os símbolos do seu esquecimento.
(Memórias, in, " A Primeira Imagem", 1998)
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