O MEDO DA ROSA
Eu sei a rosa da cor da luz ao amanhecer o mundo, a primeira imagem antes de qualquer palavra, mesmo antes do verbo , era deus e a sua solidão era deus a sonhar a minha vaidade de o imaginar assim, na soberba imensidão vazia, que nunca foi.
-Sei como a rosa se levantou, pétala a pétala, no seu fulgor de luz errante, hilariante e como o seu esforço vai adiante.
Sei e claro que não sei, a cor da rosa, nem a imagem da própria rosa, nem essse deus nada assim, de que vos falo só para me libertar de mim, e assim pressentir nas palavras que semeio, esta assustadora liberdade de ser humano.
(Algures em Julho de 2007)
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