sexta-feira, abril 25, 2008

25-04-2008

(Enquanto a Democracia ainda é uma utopia)
POEMA EM SALDO

Uma data que regressa sempre transparente à cabeça

um sino pendular nas cavernas do corpo e

então escrevê-lo é abrir as potências do sangue, dos pés

até à raiz dos cabelos, deixar crescer a vida circular dos dias

pelo silêncio poderoso se fundamenta um olhar um sonho

uma estátua invisível dentro da memória ordena-se

o esquecimento mantendo sempre a respiração do Mundo

entre muitos e muitos horizontes.

Gaia, 1999
.

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