quinta-feira, abril 10, 2008

IMAGENS AFUNDADAS NA MEMÓRIA (Poema 18º)

De folha em folha, os horizontes alongam-se
para os olhos de quem é mendigo
à frente dos prodígios da língua.
Há um nada absoluto em cada gesto, uma idade
e um peso de estrela a cair na sua luz até nós.
Olho à volta esquecido de tudo e de súbito
vejo-te a caminhar nos degraus do teu próprio sonho.
Enquanto as minhas palavras se perdem
no meio da luz que me dás.
-Secção: Memórias.in, "A Primeira Imagem", Ed. Sol XXI,1998-

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