sexta-feira, setembro 28, 2007

+ 1 dia

apagam-se as luzes devagar enquanto a tarde
ainda é grande
ao entrar no meu olhar.

Uns restos de barulho, mais algumas
sombras a mais por entre as palavras
os rostos apressados, as tiranias do vazio quase
tão oco por dentro e por fora como algo
sem vida.

São assim estes dias com as mãos
tão cheias de objectos, enquanto o corpo
desenha por dentro o seu mapa sobrevivente
e por aí se vai
ancorando
deambulando
e reclamando
o seu lugar ao sol e à sombra
precisamente a meio, na brecha
de uma rota maior.


26.27-Set-2007

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