sábado, setembro 15, 2007

UM BARCO NAS ÁGUAS AO DE LEVE SONORAS

Um barco parado nas águas ao de leve sonoras.
Enquanto a noite desce como um lençól suavemente escuro
apagando o rio,
que era azul e agora já é um espelho prateado virado para fora de si.
Alongado pela escuridão que se recolhe nos olhos,de quem olha.
Há em tudo uma paz impossível, e eu vejo o teu rosto e tu pareces não ser.
Olho-te de novo, e tu olhas-me assim:
tão distante e ausente que me deixas mais nu.
Eu sei:
sou aquele que te ama do fundo deste rio que agora nos faz juntos.
E estamos sempre sózinhos.
A partir de agora, entre nós
não haverá mais segredos.
(29-08-2006)

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