quarta-feira, julho 11, 2007

A+CERCA DO AMOR

(fragmento)
e andamos nós e elas e eles à procura de um amor especial, que os salve do inferno legalizado e sem-norte dos dias que correm, como se tal fosse assim possivel.
Todo este desejo, toda esta busca vive , nasce e volta a renascer de um nevoeiro espesso e branco. Encontra os outros, como estátuas inesperadas, que no fim de contas, procuram o mesmo.
Ás vezes, tocam-se, mas trocam-se de um modo tão urgente, cruzam e entrecruzam laços & abraços & números de telemóveis, mas tudo são gestos esfumados, feitos da pressa miudinha que a solidão vazia gera e não há tempo para se instalarem no interior dos corpos que os armou.
E, "armar" um facto, nada tem haver com viver um acto de amor .
De um lado há o vermelho e do outro, o cor-de-laranja, quando nos lembramos com nitidez, das laranjas bem maduras penduradas nas verdes nuvens das folhagens das suas árvores, e já agora, quando depois levantamos os olhos para um céu azul-espelho de um mar evidentemente transparente.
Quero eu dizer: só podemos encontrar um amor, quando saímos pelo mundo, muito+ frágeis muito + fortes, bem ligados à nossa voz mais íntima, porque o seu eco para os outros, já anda por fora de nós.
(texto espontâneo,2ª versão, a ser etecetera. 12-07-2007)

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