A Surpresa
“Surpreender-se, estranhar, é começar a entender”.
Ortega Y Gasset (1833 – 1955)
Poesia & Imagens & eteceteras
“Surpreender-se, estranhar, é começar a entender”.
Ortega Y Gasset (1833 – 1955)
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3:00 da manhã
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e, no entanto
há uma luz
poisada no centro
do seu silêncio de ser
só uma luz
aberta
para fora
de si.
- como se um pássaro libertasse no voo
o peso das suas asas.
-como se a memória fosse um travo antigo
no veneno estagnado dos hábitos.
-como se, algo te dissesse e fosse uma voz
derradeira no cálice mais translúcido do corpo
onde 0 rosto maduro do silêncio
te chama - em chamas - verdadeiras na cor
e tu és longe nos olhos divagados em ti.
E então, nem o ouro
nem a prata
como há-de uma vida luzir ?
28-Set.2007
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1:12 da manhã
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apagam-se as luzes devagar enquanto a tarde
ainda é grande
ao entrar no meu olhar.
Uns restos de barulho, mais algumas
sombras a mais por entre as palavras
os rostos apressados, as tiranias do vazio quase
tão oco por dentro e por fora como algo
sem vida.
São assim estes dias com as mãos
tão cheias de objectos, enquanto o corpo
desenha por dentro o seu mapa sobrevivente
e por aí se vai
ancorando
deambulando
e reclamando
o seu lugar ao sol e à sombra
precisamente a meio, na brecha
de uma rota maior.
26.27-Set-2007
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12:07 da manhã
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10:26 da tarde
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Na substância do sono. Quando os astros
são letras incendiadas no chão da memória
e apenas um poema se ergue sózinho
espalhando símbolos, despertos sinais do corpo
SEI a maravilhosa fábula do sono
o lugar mais acordado e sagrado
sobre a experiência dividida do Mundo.
(o sono tem uma atmosfera incontida
vibra e rompe em cada palavra
os sangues mais singulares das noites)
Perguntam-me se sou eterno, quando me basta
o tranquilo sono habitado por este sonho
inexplicável: a Vida.
As verdades intuidas vagabundas e por detrás
as cortinas transparentes só de um lado.
Não me tragam mais milagres
porque o único milagre, é sermos e não sermos
nocturnos a cada momento
como se o mundo dormisse na promessa
de um sono completo e fugaz
e nós inocentes faroleiros
dessa escuridão
vinda de nós.
Na embriaguês dos sonos, olho longamente
o mar profundo das minhas buscas.
O rosto transformado pela água quase pura
transformando a água num vinho
precioso, transbordante.
Extraordinário sentir-me unido por metades
em esfera: O Sol, a Água, a Terra e o Ar sobrenatural
nos infindáveis espaços comunicantes.
Todas as faces do sono fendidas
nos acordados eixos da criação.
( in, "O TRIÂNGULO DE OURO". Prémio Revelação de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores.1988)
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e então, abriram-se estas portas: e ela voltou com os seus pés de lã, mansos pés que a minha memória há-de esquecer, pois tanto silêncio vive à custa de memórias. E quanto a máscaras, sou redundante:
nada como a claridade aberta, se possível, em leque semi-redondo, para que eu veja a aragem que passa, enquanto só uma mão pestaneja o ar.
(Set.2007)
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"(...)
De pulmões às costas, a vida é para sempre
tenebrosa. A pata do poeta
mal pousa agora pedalar. A vida é curta.
Puta de vida subdesenvolvida.
(...)"
-in, "POESIA TODA", Herberto Helder, pág. 478 -
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(10 H. - 27-08-2007)
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(Monte Cara. Mindelo. São Vicente. Cabo Verde)
Os ramos das palmeiras ao sabor da leve brisa
e os sons frescos encaminham-me para o mar
onde vejo um pensativo rosto de pedra
e já não estou só. Feliz escureço o olhar à procura
da lua, esse vaso de luz onde uma das luas se deita
e então eu sou, a sombra pousada dessa luz
alheada.
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10:31 da tarde
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1:01 da manhã
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