quarta-feira, setembro 05, 2007

DIÁRIO NEGRO DE SÃO LUÍS (Nº 6)

E então, ao meio da noite, estavas a dormir e eu sabia-o pelo teu corpo,
eu estava mesmo ali junto a ti, e a minha mão dt. vagabunda ia sózinha para o centro das tuas coxas desleitadamente abertas e 1 dedo despontava no meio da flor da mão acesa, era uma pétala enlouquecida por um novo aroma, e Lá,
havia sempre um segredo húmido e o dedo começava a mecher-nos sózinhos e eu com ele, já eramos ambos tesão, aos poucos, encostava-me + ao teu corpo, eu ardia no nosso calor, eu sentia o teu Ser em todo o meu Ser, e então era mesmo bom, quando eras + fêmea para o meu lado de + macho, completamente nus de todo, tão disponíveis e abertos, até dizer chega: não há mais palavras para isto !,
e eu era o único rei despido & nu & tão escravo, meu amor, tão frágil,
que algo dentro de mim
até sentia vergonha, de estar em cima do teu corpo,
mas eu sabia: já não dormias,
eramos dois seres, eramos quase 1: e tão vivos no Universo atento,
e o amor quando é assim : é perda demais, é mesmo caso sério,
e no fim de tudo eu procurava
o lugar + quente do teu coração
para me aninhar num dourado sono,
e, a última coisa que pensei nessa noite
nada tinha haver comigo,
nem sequer tinha haver com você
mas com o Amor que se solta sózinho
dos corações de quem está "aberto" a Tudo,
assim.
(- Me Entende? Claro!)
- José Alberto Mar-2007-

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